sexta-feira, 4 de abril de 2008

Amigos

As vezes fico pensando que muitas das pessoas importantes em minha vida não estão entre minhas coleções de fotos, muitas delas nem sequer foram as mais legais comigo ou as que se dispuseram a me dar muita atenção. Mas as que simplesmente compartilharam alguns sorrisos, uns copos de cerveja ou palavras carregadas de sentimento.

E por mais que nossa convivência tenha sido carregada de tormentos e aflições, por mais que a ultima vez que os vi não tenha dito o “adeus” apropriado e por mais que quando os veja hoje entre outras pessoas não exista ternura ou qualquer outra coisa entre nós, sei que eles me mudaram de alguma forma, sei que os mudei de alguma forma também.

Mas nestas relações não desejamos agradecimentos, não desejamos retribuições, já pegamos o que queríamos e seguimos adiante. Não tenho medo de dizer que é uma relação extremamente interesseira e egoísta. Na verdade, se você não admitir isso a si mesmo você nunca vai pegar tudo que você gostaria da outra pessoa, e perde uma oportunidade que pode ser única e preciosa.

É claro, alguns destes passageiros ficam mais tempo, se tornam mais especiais, te proporcionam mais experiências, novas idéias, novas controvérsias, novas brigas, novas intrigas, novos desejos, novos sofrimentos, e ao final disso tudo, quando ele (ou ela) finalmente vai embora, você se sente vivo.

Isso é vida! É o que você realmente tem que é seu. Todo mundo sabe que pra cova você vai sozinho, e lá ninguém vai te culpar pelas merdas que você fez ou vai te aplaudir por ser bonzinho. Por isso, a vida deve ser vivida com muita sabedoria, e sabedoria não é respeitar leis ou princípios, mas respeitar seu coração, seus instintos e as coisas que pra você, e só pra você, são importantes.

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